APHenriques Escreveu: ↑sexta out 01, 2021 11:27 am
Concordo que contabilizar ao minuto não é o mais correcto.
Mas isso não é obrigatório. Um OPC pode perfeitamente usar unidades de kWh como forma de medir utilização dos postos.
Isso não significa que vende energia, apenas que as facturas se baseiam nessas unidades.
Assim a contabilização pode ser em kWh, em minutos ou nos dois em simultaneo, ou em nenhum.
Até pode ter definido um valor fixo por carga apenas. Independente do tempo...
Até pode cobrar ao peso, coloca uma balança e pesa os veículos.
Até pode cobrar á cor, os veículos pretos pagam mais
Até pode cobrar por marca e modelo, os mais caros pagam mais
Até pode cobrar por capacidade de bateria, as maiores pagam mais
O problema é que, e parece que um OPC que investe num posto e tem de o rentabilizar como em qualquer negócio e como não pode vender nem faturar energia que é o que os clientes compram tem de lhe aplicar uma tarifa ao minuto para rentabilizar o investimento.
O modelo assim impõe. É como se um supermercado tivesse de faturar ao cliente o tempo que este passou lá dentro porque o supermercado não pode faturar os produtos comprados cujo pagamento é contratado entre o cliente final e os fornecedores e o supermercado não saiba, está impedido, quem são os clientes nem o que compraram.
APHenriques Escreveu: ↑sexta out 01, 2021 11:27 am
O OPC é totalmente livre para escolher como cobrar a utilização do seu equipamento. Daí que UVE's bem informados podem e devem (quando têm várias opções) escolher os postos com melhor preço.
Desconheces a legislação.
APHenriques Escreveu: ↑sexta out 01, 2021 11:27 am
O mercado para os OPC's funciona em livre concorrência total. Compete a cada um definir como gere o seu negócio.
A legislação não obriga a contabilização ao minuto... nem qualquer outra forma.
Um operador económico que não pode comprar, não pode vender, não tem clientes, não gere clientes, não gere o seu negócio, não fatura, não gere tesouraria, não pode fidelizar clientes e funciona em "livre concorrência total"? Em Cuba?
APHenriques Escreveu: ↑sexta out 01, 2021 11:27 am
Eu se for carregar e tiver um PCN contabilizado ao kWh, vou preferir em relação a um contabilizado ao minuto, no caso do meu carro que não passa dos 3,2kW, mas tudo depende do preço unitário. Para outros carros pode ser diferente.
E tiveres um PCN contabilizado ao kWh? Tens ainda muitos? Não. Vais ter cada vez mais? Não. E porquê?
APHenriques Escreveu: ↑sexta out 01, 2021 11:27 am
Em Espanha, pelo que percebi ainda existem postos gratuitos suportados pelo Estado, em concorrência com os postos de operadores privados obviamente pagos.... o mercado só estabiliza quando acabar a fase das borlas.
O mercado só estabiliza quando há livre concorrência, na compra e na venda com regras iguais para todos, o investimento é respeitado e isso não acontece em Portugal com este modelo que é um monopólio gerido pelo Estado.
Os OPC serão obrigados a aumentar a tarifa da sua parcela de minutos, a gestora Estatal do modelo terá de aumentar a sua comissão para tapar o buraco, os CEME terão de aumentar o diferencial de preços da eletricidade fornecida nos postos de carregamento porque estes são um tipo de cliente diferenciado dos demais, mais caro que todos os outros devido á carga burocrática e operacional que a lei do modelo exige, e quanto mais este sistema se vai tornando caríssimo maior será o aparecimento de redes privadas que com melhor serviço venderão recargas (faturadas ao minuto) a metade ou menos do preço da rede pública até que esta impluda sem que antes atinja em Portugal os preços de recargas mais altos da Europa.